Eram vinte bandas que iniciaram a 4ª edição do "Tacabocanocd", 10 das quais concorriam à gravação do Cd no estúdio Rocklab. As outras 10, vindas de diversos cantos do país, se intercalavam com as primeiras, nos "teatros gêmeos" do Martin Cererê. Perdemos às 5 primeiras, não vou mentir. Estávamos no trampo do translado, transportando os instrumentos. Cheguei na apresentação da Lesto!, antiga banda do Eduardo Di Deus. O Dudu saiu da banda, pois está indo trabalhar no Amazonas, em antropologia, área em que recém se graduou (e até já concluiu mestrado). Era a primeira apresentação com o batera novo.
Em dia de apresentação é difícil demais manter a concentração para resenhar as demais bandas. Tem que arrumar o equipamento, alongar, concentrar um pouco (ainda que minimamente). Mas, das bandas que tocaram antes da gente, me agradaram bastante o The Sinks, de Natal (banda nova do Anderson Foca), com um hardcore cru, preciso e bem sólido. Tocaram com participação do Chuck Hipólito (Forgotten Boys) na batera. E também o Gloom, uma das bandas locais novas que concorriam à gravação do cd. Também gostei do som da VI Geração da Família Palim..., com sua música "O Acre não existe". Até fui ao camarim para, brincando, dizer que estava alí para acertar as contas com eles. Os caras são gente boa, a letra é jocosa, mas eles dizem que é um caso de amor com o Acre.
Das que tocaram após, o Charme Chulo, cada vez mais coeso, fez uma apresentação madura, consistente, tecnicamente impecável. Grande presença de palco de Igor (vocal) e Leandro (viola caipira de 10 e guitarra). Aliás, o Leandro tocando é algo que impressiona: uma diversidade de técnicas, arpejos e palhetadas caipiro-rockers mostram a versatilidade do cara e dão o tom de originalidade na mistura de música caipira de viola com rock. Não são os primeiros a experimentar isso, é verdade. Mas é bom que se diga que é bem diferente do rock rural de tradição mineira e outros matizes (Sá, Rodrix e Guyarabira, Secos e Molhados, dentre outros). Bom demais.
E então, a nossa vez... O que dizer sobre nós mesmos.... Ainda estou impactado com a reação do público. Goiânia, realmente, detém uma mística. Por isso é chamada de "Seattle brasileira", capital nacional do rock e coisas assim. Na terra do sertanejo, impressiona esse amor pelo rock. Já havia constatado isso antes, quando fui aos shows do Goiânia Noise de 2006. É um público atento, curioso, gosta de ver e ouvir coisa nova. Se não gostam, dão o fora. Se gostam, ficam, aplaudem, se emocionam. Acredito que eles tenham gostado, pois ficaram, aplaudiram e gritaram que o "Acre era foda." Não sei se deveria relatar essas coisas, pode parecer pedante, mas não é. Fiquei foi emocionado mesmo. Senti o carinho (ainda que um carinho casca-grossa, de roqueiro tosco) das pessoas. Som impecável, a tradicional iluminação do Martin...
Entonces: não consegui ficar pra ver o Diego de Morais. Vou assisti-lo na Virada em Sampa. Chegando do Martin Cererê ao Hotel Dom Bosco já na madruga de domingo, foi a hora do descanso dos bons. Ainda assim, uma paradinha na net para tentar escrever o post do dia. Depois disso aí em riba, entreguei os pontos.
E vamo que vamo.
Daniel Zen
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Ê, Goiás...
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